No decorrer dos últimos anos abordei inúmeras características, histórias e estórias da Seiko ao longo de mais de cento e cinquenta matérias publicadas no Seiko PhD. Realmente agrada-me, de maneira geral, o que a direção da Seiko vem fazendo, entretanto isso não quer dizer que eles não cometam erros, o que, aliás, sempre fiz questão de citar com bastante clareza.
No artigo de hoje apontarei para vocês CINCO falhas graves que a Seiko vem cometendo e acusarei os motivos pelos quais ela está, definitivamente, deixando de expandir ainda mais seu extenso rol de clientes. Como temos a intrepidez brasileira percorrendo em nossas veias, fiz questão de encaminhar essas críticas também à Seiko do Japão, então não deixe de comentar mais abaixo e vamos aos fatos!

1. Ausência de uma coroa assinada!
Uma frase antiga afirma com grande sabedoria que “os pequenos detalhes tornam as coisas singulares e especiais”. Desconheço o autor (se você souber faça a gentileza de comentar abaixo), porém não há como negar que uma coroa gravada com a marca ou símbolo da empresa agrega valor a um bom relógio. Essa característica já era incomum à maioria dos relógios Seiko e para piorar a situação alguns modelos ainda perderam a coroa assinada, como foi o caso da última geração do Seiko Sumo.
A empresa parece estar regredindo nesse sentido. Sinceramente, não vejo motivos plausíveis nem para um relógio como o Seiko Turtle deixar de possuir uma coroa assinada e diria mais, modelos menos onerosos fabricados por outras marcas possuem tal característica, qual o empecilho da Seiko? Remover a assinatura do Seiko Sumo é ainda mais incompreensível, detalhes como esse fazem grande diferença conforme se eleva o patamar dos relógios e pode influenciar diretamente a compra ou não de um produto.

2. O bendito “aro interno” desalinhado!
Esse é, sem dúvida alguma, um dos maiores erros que a Seiko insiste em cometer durante a montagem de seus relógios. O digníssimo aro interno dos relógios Seiko, também chamado de “anel de capitulação ou capítulo”, “marcador de minutos”, “catraca interna” ou ainda “chapter ring“, em inglês. Esse bendito aro teima em ser montado desalinhado em relação ao mostrador do relógio!
Já houve quem jurasse nos antigos fóruns gringos que as versões Made in Japan e Japanese Domestic Market (mais sobre MIJ e JDM aqui) não teriam tal problema, no entanto essa colocação caiu por terra há muitos anos e o que temos de comprovado é que possuir o aro interno corretamente alinhado – de fábrica – é uma tremenda loteria, seja seu relógio uma versão internacional ou regional da Seiko. Outro ponto bastante interessante é que essa falha parece ocorrer de maneira mais frequente nos modelos diver’s.

Sabe-se que a grande maioria dos relógios da Seiko não é montada à mão, todo o processo é realizado por máquinas e os japoneses são mundialmente famosos por desenvolverem produtos e maquinário de altíssima precisão, então, COMO NINGUÉM DÁ UM JEITO NESSES BENDITOS AROS? Por outro lado não posso ignorar o fato dos relógios da Seiko – normalmente – chegarem ao mercado por um preço extremamente competitivo para a qualidade que oferecem. Você, amigo (a) leitor (a), ainda poderia corretamente argumentar que uma ida rápida ao relojoeiro resolve essa bendita questão, o que sou obrigado a concordar.
Mas será que montar corretamente esse aro, ainda mais para a Seiko, é tão difícil ou mais caro assim? Tenho quase certeza de que um bom e-mail enviado pelo Diretor de Qualidade para o presidente geral das fábricas resolveria esse problema. E digo mais, existe uma parcela importante do mercado que a Seiko ainda não consegue alcançar por conta desse “pequeno” problema que pode não significar nada para alguns clientes (inclusive talvez você nunca tenha notado até ler este artigo), contudo pode se mostrar extremamente irritante para outros, como este que redige o presente artigo às 05 horas e 25 minutos de uma manhã de domingo, transtornado por lembrar-se do dia em que abriu a caixa de seu Samurai MIJ e deparou com aquele aro torto!

3. Negligenciando a história de seus pilot watches!
A aviação é uma paixão mundial, afinal de contas, quem nunca sonhou em voar? Até mesmo aqueles que temem entrar em um avião precisam concordar que são máquinas impressionantes! Como pode um conglomerado de metal e fios, pesando toneladas, ser capaz de alçar voo e atravessar oceanos? A física explica, mas o que nos interessa é que o relógio acompanhou a história da aviação e foi um instrumento determinante durante décadas.
A Seiko esteve no pulso dos pilotos japoneses desde seus primórdios e alguns relógios se tornaram históricos, como o Tensoku que já falamos aqui. Ocorre que a Seiko simplesmente parece ignorar seu rico histórico com a aviação e vem perdendo um segmento em plena expansão entre os colecionadores, o dos Flieger watches.

A palavra alemã Flieger significa aviador e no geral faz referência a relógios contemporâneos inspirados nos modelos usados por pilotos da Segunda Guerra Mundial. Para o bem ou para o mal, depende de que lado da história você está, a Seiko teve uma relevante participação ao lado dos aviadores japoneses, no entanto parece simplesmente ignorar esse aspecto e desperdiça o que poderia ser toda uma linha de belíssimos relógios com incríveis características flieger!
Tivemos modelos muito básicos como o Seiko SNK809 com algumas características e outros a quartzo, mas nada realmente feito com seriedade para relembrar os belíssimos relógios que já foram ferramentas essenciais para a aviação durante o período de guerra. Esse é um ponto que precisa ser seriamente revisto e analisado pelos designers e engenheiros do Seiko Group.

4. O aparente desleixo com a embalagem!
Você pode se enquadrar no grupo de pessoas que compra um relógio e ao recebê-lo abre a caixa rapidamente, rasgando-a com euforia no intuito de alcançar seu relógio. Esse é um direito de todo consumidor, porém conforme o nível do relógio se eleva os compradores vão se tornando mais exigentes e certos detalhes, que antes eram ignorados, tornam-se no mínimo decepcionantes, como por exemplo adquirir um modelo de quase R$ 15.000,00 que vem praticamente na mesma embalagem utilizada em um relógio de R$ 800,00.
Novamente entramos na questão dos detalhes, da atenção para com seu cliente, uma embalagem singular agrega valor ao produto final e faz com que aquele cliente que resolveu investir em um relógio mais do que um ano do salário de um trabalhador básico, realmente sinta que seu dinheiro recebeu a devida contrapartida. Outra questão gravíssima diz respeito ao mesmo modelo de relógio ser enviado em embalagem distinta, mais ou menos sofisticada, como o amigo Wilton lembrou muito bem nos comentários abaixo. É uma prática altamente condenável por gerar uma insegurança tremenda no consumidor. Esses são pontos que precisam ser revistos com bastante urgência pela Seiko.

5. Ignorando seus cronógrafos mecânicos!
A Seiko liderou a corrida pelo primeiro cronógrafo automático e foi, efetivamente, a primeira marca do mundo a colocar um relógio desse tipo à venda no mercado, ainda no ano de 1969. O calibre 6139 equipava aqueles relógios que já eram vendidos no Japão, em pleno funcionamento, enquanto as marcas suíças (mesmo se unindo) ainda exibiam protótipos que apresentavam constantes falhas. Entretanto, após algumas conquistas iniciais, a Seiko focou nos modelos a quartzo e parece ter se esquecido dos cronógrafos mecânicos e automáticos, lançando raramente alguma edição limitada ou especial.
Eu compreendo que esses são movimentos realmente mais dispendiosos, contudo o mercado existe, está sedento por novidades e a Seiko está deixando passar uma bela oportunidade. Tenho absoluta certeza de que a empresa é capaz de produzir modelos incríveis abaixo de mil e quinhentos dólares, se conseguisse fazê-los abaixo dos mil seria algo esplêndido e não venderia milhares, mas milhões de unidades mundo afora.

Esse legado não pode ser simplesmente ignorado, a Seiko precisa se atentar para sua rica história e investir no setor como fez com seus diver’s recentes, dominando completamente o seguimento médio de relógios de mergulho com os modelos apelidados de Turtle, Samurai e Sumo. Senhores Diretores da Seiko, está passando da hora de reforçar essa pauta em suas reuniões.
Bem meus amigos e amigas, deixo aqui o registro de alguém que realmente gosta da marca e de seus produtos, que a acompanha há algumas décadas e deseja que todos possam, de alguma forma, conhecer e ter acesso aos ótimos produtos desenvolvidos por esses japoneses que tanto amam o que fazem, mas que, como todos nós, estão em constante evolução e aprendizado. Você acha que algum outro ponto deveria ter sido abordado neste artigo? Comente, quem sabe não podemos ter uma continuidade?
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Ramon, você foi certeiro com esse artigo. Parabéns!
Quanto aos pontos:
1. Nunca entendi por que a Seiko não assina suas coroas em relógios como o samurai e superiores. Imagino que não custe muito, mas dá um baita diferencial no visual.
2. Esse aro interno desalinhado já foi alvo de piada de um amigo que disse não usar Seiko por que se a empresa não se importa com um defeito estético tão evidente, que dirá com o que não é visível, como a máquina. Fiquei sem argumento.
3. A Seiko explora pouca sua história militar nos relógios, além de explorar pouco a questão dos cronos. Gostaria muito de um Seiko inspirado num clássico militar da Segunda Guerra quem sabe.
4. A embalagem também é muito simplória. Um manual personalizado e colorido (em alguns casos) e uma caixa mais elegante fazem toda diferença em modelos mais caros.
Abraço!!
Obrigado João, fiquei imaginando sua situação ao conversar com esse amigo. Sabemos que o aro desalinhado é terrível, por outro lado esses modelos são vendidos muito aquém do preço que poderiam ter, então há aí os prós e os contras. De qualquer forma acredito que a Seiko conseguiria tranquilamente manter sua competitividade de preço e fornecer um relógio com aro interno devidamente montado e coroa assinada.
Abraço!
Caro Ramon, não concordo com seu comentário que os preços estão aquém , pelo menos para o poder aquisitivo do brasileiro, considero bem altos.
No caso dos cronógrafos mecânicos, creio que o preço seria absurdo, tiro por base o modelo comemorativo do panda…
Olá Antonio Carlos! Tudo bem?
Entendo totalmente seu posicionamento meu amigo, no Brasil nada é barato, acontece que um Seiko SRPE33 “King Samurai” a menos de 500 dólares é muito, MUITO barato do ponto de vista global, agora, se o Real está extremamente desvalorizado, se os impostos e taxas do país são elevadíssimos e se há ainda o tal do “lucro Brasil” fazendo com que esse mesmo relógio chegue aqui a R$ 4.000,00 ou mais, é realmente uma pena, mas a Seiko do Japão nada tem a ver com isso.
Quanto a calibres cronógrafos mecânicos automáticos, bem, os realmente bons são e sempre foram caros. Produzir um movimento desses é muito difícil e dispendioso, por isso mesmo poucas marcas o fazem, a maioria acaba comprando o calibre pronto de poucas indústrias que se aventuram a produzí-lo.
O Seiko SRQ029 “Panda” veio com um movimento ainda mais especial, de alta batida, edição limitada, então seria naturalmente um pouco mais caro. Infelizmente esse tipo de relógio pesa mesmo na conta bancária, ainda mais se for comprado no Brasil.
Abraço meu amigo e obrigado por compartilhar suas opiniões.
Prezado Ramon:
Mais um ótimo artigo para os admiradores da Seiko. Estou alinhado com todas as críticas que elencou no texto, e acrescento uma política comercial que me incomoda : o excesso de séries limitadas.
É perfeitamente compreensível que elas existam, para satisfazer os “heavy-weight collectors” , que desejam possuir modelos de difícil acesso, aqueles que “quase ninguém” tem.
Entretanto, julgo que a Seiko vem exagerando na dose. Parcela expressiva dos lançamentos recentes tem sua produção limitada a mil e tantas peças. Para o colecionador ordinário é muito difícil adquirir uma unidade, mesmo disposto a pagar mais pelo modelo. Se você quiser ter um Rolex, você terá. Nunca foram “limitados pela produção” , e sim pelo preço.
Se o objetivo é situar a marca numa faixa de consumidores de maior poder aquisitivo, e por conseguinte aumentar sua presença em círculos refinados, criem séries especiais, praticando preços mais elevados.
Desculpe tocar nesse ponto outra vez. Já destaquei essa opiniāo outra vezes. Mas isso realmente me incomoda. Tentei algumas vezes comprar um “limited” , todas elas sem sucesso.
Receba meu forte abraço, e parabéns pelo seu trabalho e conhecimento.
Arnaldo Bittencourt Filho
Boa tarde Arnaldo! Tudo bem meu amigo?
A indústria relojoeira, de maneira geral, tem “nadado de braçadas” nesse nicho tão interessante do ponto de vista econômico, mas uma hora a bolha estoura.
Obrigado pela gentileza e contribuição para o Seiko PhD, já temos o primeiro tema para um próximo artigo dessa série.
Grande abraço Arnaldo!
Ramon, mais uma vez um excelente artigo, bem escrito e oportuno. Queria acrescentar uma outra coisa que me incomoda bastante nos relógios da marca: as pulseiras! Para certos modelos, mesmo os caros, são de qualidade inferior. Se nota, de cara, a baixa qualidade na estamparia dos fechos e elos com as folgas entre si com um jogo exagerado. É aceitável em modelos de entrada, mas em relógios mais caros não dá, não é? Um bom fim de semana para todos!
Olá Frederico! Tudo bem meu amigo?
Estou de completo acordo, boa parte das pulseiras da Seiko poderiam e deveriam ser melhores.
Obrigado, já temos um segundo tema para uma continuação.
Forte abraço e ótimo final de semana!
Ramon, bom dia! Mais uma vez um artigo muito bem feito e aprofundado, tenho aprendido muito por aqui e como o senhor comentou todos nós temos algo em que melhorar. Esperoq ue a SEIKO leia seu artigo com calma, pois é uma verdadeira aula. Parabéns e um grande abraço…
Muito obrigado pelas gentis palavras meu amigo, fico feliz de saber que o Seiko PhD tem sido proveitoso para você.
Um grande abraço Ruy e um ótimo final de semana!
muito bom artigo como sempre , eu se fosse possivel , reclamaria dos braceletes tambem .
Obrigado Edson, fico feliz que tenha gostado meu amigo e agradeço a sugestão, está anotada.
Abraço e ótimo final de semana!
Boa tarde Ramon, tudo bem? Como sempre vc aborda temas bem pertinentes! Esse problema dos adesivos do bezel da Seiko sempre me incomodou, e muito! Parece que o relógio está sempre “errado” de alguma forma! Já fui duas vezes a meu relojoeiro de confiança para fazer um ajuste fino em relógios novos, retirando o decalque com muito cuidado e recolocando no local certo após o acerto do ‘clique”. É um risco, pois se não for bem retirado pode estragar ou ficar marcado, e não encontramos depois um original, só aftermarket que não tem a mesma qualidade! São “frações de milímetros” que fazem toda diferença!! Outra coisa que os amigos já comentaram é a estampagem do fecho das pulseiras de aço. Poderiam ser mais caprichosos nesse item, pois muitas vezes o relógio é um primor de acabamento e essa peça destoa sobremaneira do conjunto!! E pelos valores que hoje são cobrados esses relógios, não se justificam essas “falhas” !! Se vc pegar as pulseiras de aço mais novas de alguns modelos TOP da Orient, suas pulseiras são bem melhor acabadas nesse quesito! Isso deveria sim ser verificado pelos setores competentes da Seiko. Já as últimas pulseiras de silicone lançadas com os modelos Samurai e Turtle, achei o acabamento do fecho e alça metálica muito bem feito! Pelo menos as minhas vieram perfeitas! Obrigado por mais esse artigo, pois vimos que não éramos os únicos a serem “chatos” obesevando certos detalhes !! Grande Abraço!!! Maurício
Boa tarde Maurício! Tudo bom?
Muito bem observado meu amigo, são detalhes que precisam realmente melhorar, estamos com uma segunda lista quase pronta.
Obrigado e um forte abraço!
Salve meu amigo Ramon!
Excelente matéria meu caro!
Eu, particularmente, acho inadmissível tais falhas pelos preços adotados, pela visibilidade da marca no mundo, dentre outros motivos. Também tinha o hardlex né, mas agora os modelos mais caros têm vindo com a safira, mas a coroa assinada deveria ser básico.
A falta de um Flieger de respeito e de cronos mecânicos também não dá pra entender já que o mercado suíço “deita e rola” nesses modelos.
Hoje, me parece que a Seiko tem o foco apenas nos divers, com razão, pois são excelentes relógios e premiados, mas mesmo esses deveriam ter mais atenção no acabamento e embalagens. É importante ampliar a visão, o mercado é impulsionado pelas “febres” dos consumidores e ampliando a gama de relógios a empresa correrá menos riscos a médio e longo prazo.
Tenha um excelente final de semana!
Forte abraço.
Olá Junior! Tudo bem meu amigo?
Excelentes observações, a questão do hardlex é muito interessante e polêmica em certos relógios, pode entrar em uma futura segunda lista.
Obrigado meu amigo, forte abraço e um ótimo final de semana para você também!
Parabéns pelo artigo Ramon.
A ausência de coroa assinada é algo que realmente incomoda. Na terceira geração do sumo então.
Sobre as embalagens( caixas) eu realmente não entendo a falta de cuidado; um mesmo modelo pode vir em remessas diferentes com caixas completamente diferentes, desde mais sofisticadas a mais simples(branca).
Vamos torcer para que essas e as outras questões apontadas sejam corrigidas pela marca.
Grande abraço.
Olá Wilton! Tudo bom?
Esqueci de comentar esse fato, outro dia falamos a respeito e me esqueci completamente. Ora, o mesmo modelo vir em caixa distinta, mais ou menos sofisticada, causa uma insegurança tremenda, é uma prática péssima para o consumidos. Bem lembrado meu amigo.
Abraço e um ótimo domingo para você!
Não sou colecionador…só gosto de relógios e tenho alguns… (2 seikos mecânicos ) e outros modelos de outras marcas…
Com relação ao detalhes isso faz toda toda diferença…eu reparei isso na embalagem do meu seiko de $4000 ter uma embalagem bem bem bem mais simples que um technos skydiver de $200 KKK até estranhei
Com relação a isso é legal vc abrir um caixa e ter de imediato um início da experiência do produto…
Isso aconteceu recentemente quando comprei um videogame (Xbox séries X) todo o cuidado que a Microsoft teve com a caixa… Até com os lacres na forma de abrir a mesma como se fosse um baú tudo muito bem embalado com um cartão de boas vindas ao sistema…
Pode até parecer besteria mas faz uma enorme diferença na experiência.
Excelente relato Everton, penso que você utilizou a melhor palavra possível. A embalagem faz parte dessa “experiência” de adquirir um produto especial, tal processo não deveria ser ignorado, especialmente em um relógio de R$ 4000,00 como você comentou.
Lembro perfeitamente de como foi impressionante abrir meu primeiro iPhone, o cuidado com cada detalhe era impressionante e ditou o modo de agir das demais empresas dali em diante. Tudo parte dessa “experiência” que a indústria nos vende atualmente.
Obrigado pela participação meu amigo, grande abraço!
Excelente artigo Ramon, como sempre! Estou há pouco tempo no.mondo dos relógios e acabei por escolher a Seiko como a favorita! Não é por desmerecimento, foi coisa de pele mesmo! Mas enfim, o que queria dizer é que talvez eu entenda a não utilização de sua história militar nos relógios, eu acho que não causa orgulho aos japoneses o que foi feito por seus militares na segunda guerra, e sendo o povo japonês muito ligado a sua história, esse capítulo talvez não traga motivos para homenagens….mas esta é só uma opinião minha!!
Olá Reginaldo! Tudo bem?
Essa hipótese é completamente plausível, foi um momento duro para o povo japonês que sempre foi muito orgulhoso e dominador naquela região do globo. Por outro lado vemos empresas alemãs como a Laco, que foi fornecedora de relógios para a Luftwaffe de Hitler, empenhando-se para colocar no mercado relógios incríveis de inspiração vintage militar. São modelos que não fazem homenagem alguma ao regime nazista, a ideia é bem central na questão da charmosa aviação mecânica daquele período.
Essa é uma forma de encarar o período e seguir em frente, lembrando que, embora tenham perdido a guerra, os japoneses lutaram bravamente.
Muito obrigado pela excelente participação meu amigo, forte abraço!
Bom dia Ramon!
Parabéns pelo artigo! Confesso que me surpreeendi,pois nunca imaginei que fosse ler um artigo seu criticando a Seiko rsrs
Acredito que com a realocação da Seiko no mercado, elevando os valores dos relógios (o que é justo, pois por muitos anos a marca entregava relógios concorrentes com os suíços a preços muito abaixo desses), nos faz realmente refletir sobre esses detalhes mencionados.
Acredito que a soma de todas essas “falhas” realmente faz o consumidor comum se questionar se ainda vale a pena investir em um relógio Seiko, com exceção dos “Seikólatras” rs
Confesso que os preços atuais dos novos relógios Seiko me fez repensar um pouco sobre as novas aquisições para minha coleção (não que não valha), pois sempre relembro a época dos SKX´s, um diver de 200 a 300 USD, com robustez, um acabamento mais do que condizente pelo valor. Naquela época era compreensível a ausência de alguns detalhes e até algumas falhas, como caixa de embalagem simples, ausência de assinatura na coroa, desalinhamento do aro interno etc, mas realmente um relógio de mais de R$ 5.000, como os novos Alpinits (que estava desejando há um tempo, mas pelo preço atual me desencorajou a adquiri-lo), Wilard, 62MAX e tantos outros, deveria ter uma apresentação mais condizente com o valor.
Acredito que eu e outros amantes da relojoaria também não estão acostumados com esses novo patamar da Seiko, mas se ela pretende se aproximar de marcas suíças como Tag e Omega (e ela tem tudo para tal, como história, calibres in house etc etc) realmente deveria pensar nesses detalhes, principalmente quanto à caixa. Uma coisa é certa , a Seiko sabe fazer belas embalagens, como se pode notar na caixa do Seiko Presage Starlight, Seiko “Brian May” etc.
Ramon, aproveitando o tópico, já ouvi de alguns colegas e aconteceu comigo tbm, o que pode ser mais uma falha da nossa amada marca japonesa, mas alguns calibres, especialmente o 7s26 nos SKX, possuem uma reserva de marcha de fábrica muito aquém da informada pelo fabricante.Segundo alguns relatos pode ser excesso de lubrificação.
Obrigado por mais um artigo interessante e construtivo. Oportunamente queria saber se vc admira outra marca de relógios, além da Seiko rsrs
Uma ótima semana!
Olá Hector! Tudo bem meu amigo?
Entendo sua surpresa ao me ver criticando a Seiko, rsrs, alguns amigos acabam acreditando que sou “fanboy”, aquele cara cego, louco e apaixonado, o que passa MUITO LONGE MESMO da verdade. Acredito piamente que a Seiko tem pontos muito mais positivos do que negativos e tenho um rol bem vasto de argumentos para sustentar essa posição, os erros dos japoneses são pontuais, mas existem sem sombra de dúvidas e alguns são gravíssimos, inclusive não foi a primeira vez que critiquei a Seiko por aqui Hector, dê uma lida nesse artigo do cal. 6619, o que os japoneses fizeram com esse (e outros dois ou três calibres da época) era inadmissível.
Se fosse hoje haveria um massacre da Seiko pela web e o SeikoPhD endossaria esse coro. Além disso também critiquei o uso do plástico mais de uma vez e foi uma confusão, até xingamentos recebi de lojistas e relojoeiros falando que eu estava atrapalhando o negócio deles, faz parte do “jogo”.
Quanto aos preços atuais já conversamos bastante por aqui, inclusive foi o tema de um artigo muito comentado – acesse aqui – onde explico bem essas questões, o dólar tem prejudicado muito, contudo o custo-benefício continua extremamente interessante e digo mais, os lojistas vendem Seiko como nunca (ao menos dos anos 2000 para cá).
Quanto a alguns calibres virem com reserva menor de marcha, sendo novos, ainda não me deparei com isso e nem recebi tais reclamações meu amigo, mas é possível que tenha ocorrido, claro. Na verdade todos os testes que eu fiz e os relatos que recebi de amigos como o Carlos Sakamoto, que compra muitos relógios novos, foram extremamente promissores, pois passavam e muito o limite declarado pela Seiko. Nós testamos de forma não profissional 7S26, 7S36, 6309, 7002, 6139, 6138, 7015, 7016, 6117, 4R35, 4R36, 4R37, 6R15, 6R35 e alguns outros, todos excederam o tempo estipulado pela Seiko. O mais novo da lista, 6R35, onde são declaradas 70 horas, salvo engano passou de 81 horas! Alguns de 41 horas declaradas beiraram as 50 horas de reserva de marcha. Obviamente realizamos os testes com calibres novos ou logo após serem revisados por profissionais. Dois dos meus 7S26 passaram de 47 horas. A ideia é virar um artigo meramente por curiosidade ou entretenimento, uma vez que não teve rigor científico, porém foi extremamente promissor o resultado. Talvez em maio vá ao ar.
Quanto a outras marcas de relógios, seria mais fácil dizer as que menos gosto, pois são poucas rsrs. Mas gosto de muitas da Suíça e da Alemanha, sou apaixonado por Heuer vintage, quase impossível encontrar um que não seja realmente lindo! Na topo da pirâmide sem dúvida estão Patek Philippe, Breguet, A. Lange & Söhne e Vacheron Constantin. Também não há como não reconhecer a importância da Rolex que ainda carrega um processo de fabricação vertical, assim como a Seiko. Poxa, são muitas Hector, uma que me agrada demais é a Breitling que tem uma história sensacional. A Bremont, uma versão “mais barata” da Breitling, como alguns brincam, tem relógios incríveis também e pouco conhecidos por aqui. A Omega também é uma ótima marca que andou meio estagnada (assim como Rolex), mas tem acordado. Temos ainda Archimede e Laco fazendo pilot watches e cronos incríveis, poxa, a lista é longa. Agora uma que não me agrada EM NADA é Richard Mille, eles devem ter uma equipe muito empenhada em fazer relógios feios e totalmente ilegíveis, beiram o ridículo.
Obrigado mais uma vez pela participação meu amigo, forte abraço e ótima semana!
Grande artigo.Parabéns.
Obrigado meu amigo! Forte abraço!
Ramon e se o aro interno for uma característica não um defeito?
Para descobrir se é original é só olhar o aro interno. Se estiver alinhado é falso…kkkkkkkk
Brincadeira a parte a matéria está muito boa, não é pq amamos que não enxergamos os defeitos.
Hahahah seria realmente terrível Lucas!
Obrigado meu amigo, uma ótima semana para você e que tenhamos mais fotos de relógios e carros incríveis esta semana no Grupo Seiko Brasil.
Abraço!
Se a Seiko pretende disputar a supremacia do mercado com outras marcas suiças ( acho inócuo, pois já venceu pela qualidade e preço ) , não será com a elevação de preços, sem qualquer justificativa financeira, que alcançará esse objetivo.
A Seiko mantém, até agora, o conceito de qualidade, acessível ao cidadão comum, sem praticar preços proibitivos, com base na quantidade de vendas. Se alterar o enfoque, vai abdicar de sua principal força, tornando-se numa marca de elite, restrita aos que desfrutam de alto poder aquisitivo.
São opções comerciais estratégicas, e que fogem ao escopo desse artigo.
Se isto for a tendência, ou a verdade não conhecida pelos comuns, só tenho a lamentar pela falta de poder aquisitivo pessoal, que permita alimentar um hobby antigo.
Preocupante.
Não tenho visto dessa forma meu amigo, como comentei no artigo Relógios Seiko estão mais caros? Entenda a questão.
O problema é complexo, temos um período em que o Real se desvalorizou mais de um terço em relação ao dólar, é muita coisa! Além disso os novos relógios da Seiko vieram com upgrades como cristal em safira, bezel em cerâmica, em alguns casos calibres melhores e isso tem um preço! Então um relógio que era vendido inicialmente a 500 dólares passou para 700 no momento do lançamento (depois sempre cai um pouco), contudo o dólar disparou. Um relógio de 500 dólares que significava pouco menos de 2mil reais passou para mais de 3 mil reais comprado nos EUA, aqui ainda incidem impostos, taxas de importação e o bendito “lucro Brasil” que não pode ser ignorado. No final fica mais caro, infelizmente, mas o dólar recuando (se é que vai…) tudo melhorará.
Forte abraço meu amigo e ótima semana!
Parabéns pela excelente materia, não paro de aprende contigo e no grupo. Alguns detalhes como por ex: o item 2, o bendito “aro interno” desalinhado, já era do meu conhecimento, mas o restante foi de grande valia. Obrigado por compartilhar o conhecimento com a galera. 🤝👍👊🏻👏👏👏👏
Obrigado pela gentileza meu amigo, fico muito feliz de saber que o artigo foi útil para você.
Um forte abraço e ótima semana!
Bom dia, Ramon. O desalinhamento do aro vejo sim, em alguns modelos. Acredito que seja um pouco de controle de qualidade como vc descreveu. Mas como muitos mencionaram acima, a ausência da coroa assinada é um soco no fígado de qualquer apreciador da marca. Grande artigo novamente. Obrigado por compartilhar seu conhecimento e curiosidades desta marca tão querida. Forte abraço!
Bom dia Carlos! Tudo bem?
Pelo que pude observar esse caso da coroa parece ser o que mais incomoda mesmo.
Obrigado pela gentileza meu amigo, abraço!
O que não pode é um Seiko de 4 mil ter o aro interno “desalinhado” e um Steeldive de 500 reais com o mesmo calibre não ter… Precisa de esmero em um mercado tão competitivo.
Não deveria acontecer mesmo, esse é um ponto importante a ser revisto pela empresa.
Uma coisa que ainda não descobri se é erro ou defeito,ou algo não explicado a todos, é o fato dos novos Seiko 5 Sports, virem com numeração que foge da forma preceituada pela Seiko qual seja, o primeiro número correspondente ao ano de fabricação e o segundo correspondendo ao mês, e os demais correspondendo ao número do relógio! Outra coisa que é de minha opnião, é que no mercado internacional existem muitas microbrands que possuem modelos automáticos com grande qualidade, e com vidro de safira, e bezel de cerâmica, e com preços mais baratos que modelos como o Samurai e Turtle ! Fica aí uma dica para a Seiko, no popular, tirar o escorpião do bolso!
Olá Luiz! Tudo bem?
Em meados do ano passado entrei em contato com a Seiko para tratar desse possível erro no número de série dos novos 5 Sports, dê uma lida em nosso artigo que trata desse assunto.
Os preços também já foram abordados de forma aprofundada em nosso site, acesse aqui para compreender o assunto por completo.
Forte abraço!
Não sei se isto serve de consolo, meu caro Ramon, mas recentemente adquiri um Mondaine com quase 60 anos e ainda funcionando…
E qual foi minha surpresa ao procurar mais informações sobre o modelo!?
Pensa que há uma página dedicada com histórias, detalhes e outros quesitos que qualquer consumidor e/ou colecionador procura??
Pois lhe digo: Não há!
Perguntei na página europeia , perguntei na página mantida no Brasil… e nada! Ainda recebi uma resposta simples da página europeia, convidando-me a enviar “diversas fotos” do relógio, para que eles retornassem as informações pra mim…
Da página brasileira, nem resposta recebi!
Por isso, Ramon, embora existam esses detalhes a se lapidar na Seiko, pelo menos em questão de informações, ela é “nota 10”, pois encontramos a Calculadora de idade para os relógios, abundante informação sobre os calibres, histórias sobre os modelos e, claro, A SUA PÁGINA, que com tantas informações úteis, faz jus à marca!
E não deixe de atualizar o site, enriquecendo-o sempre com informações, viu? Sou leitor fiel da seikophd.
Um grande abraço!
Olá Marcelo! Tudo bem, meu amigo?
Sei bem como essas coisas são, eu criei o SeikoPhD exatamente por essa carência que existia no mercado.
Veja, em relação à Seiko, praticamente tudo foi desenvolvido pelos entusiastas, a Seiko, infelizmente, sempre informou pouquíssimo a respeito de suas peças. As informações sobre calibres, as calculadoras, praticamente tudo foi pesquisado ou criado por entusiastas.
A Seiko começou a melhorar nos últimos 4 para cinco anos, e muito disso por pressão nossa.
Se pensar na Seiko do Brasil (Orient) então, a situação piora dez mil vezes, mas nossa luta continua.
Você já está inscrito em nosso canal do YouTube? Acompanhe-nos por lá.
Abraço!
Parabéns pela observação! Complementando o que foi dito, a Seiko insiste há anos com esse vidro em Hardlex que, na minha opinião, já deveriam utilizar safira em seus modelos mais procurados e longevos, como é o caso do Seiko 5. O acabamento externo de alguns relógios como os cronografos deixam muito a desejar; as pulseiras em couro também!
Olá, Fábio!
Anotado, meu amigo. Obrigado, forte abraço!